Na
aula de 04 de abril do corrente ano foi abordada a necessidade do plano de
aula, bem como suas utilidades e necessidades para um decurso perfeito do
trabalho em sala de aula.
1. INTRODUÇÃO
O
ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução humana.
Todas
as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais complexas, na
tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que as
rodeiam.
Mas
não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o planejamento atinge
vários setores da vida social, tornando-se imprescindível também na atividade
docente.
Outro
aspecto importante que foi abordado foi com relação às tipologias planejamento X
plano, conceitos estes utilizados no cotidiano escolar.
Apesar
destes conceitos serem utilizados como sinônimos eles não o são e faz-se
necessário que o professor compreenda essas diferenças para poder utilizar-se
destes termos com precisão e eloquência. Em seguida, realizou-se uma análise
com relação ao planejamento enquanto ato político-social, político-filosófico,
técnico e científico. Outro aspecto abordado relaciona-se com as principais
etapas para a elaboração do plano de aula.
Enfim
tanto o plano quanto o planejamento no contexto escolar é de fundamental
importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua
ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando
o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.
2. PLANEJAMENTO, PLANO(S),
PROJETO(S) – COMPREENSÃO NECESSÁRIA.
De
acordo com Libâneo “o planejamento
escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”.
Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor
elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser
criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso
necessite de alterações.
Já
para (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001, p.40):
“Planejamento é um
instrumento direcional de todo o processo educacional, pois estabelece e
determina as grandes urgências, indica as prioridades básicas, ordena e
determina todos os recursos e meios necessários para a consecução de grandes
finalidades, metas e objetivos da educação.”
As
definições acima salientadas demonstram a dimensão da necessidade de se
compreender a importância do ato de planejar, não apenas no dia-a-dia, mas
principalmente, no dia-a-dia de sala de aula.
No
entanto, apesar da grande importância ressaltada, muitos professores optam por
aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de
aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada,
não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível.
Para
Moretto (2007), planejar é organizar ações. Essa é uma definição simples, mas
que mostra uma dimensão da importância do ato de planejar, uma vez que o planejamento
deve existir para facilitar o trabalho tanto do professor como do aluno.
O
planejamento deve ser uma organização das ideias e informações.
De
acordo com Moacir PILETTI, 2001, p.73, plano de aula é a:
“Sequência
de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. (...) É a sistematização
de todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o
professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.”
Considerando que o planejamento deve ser
pensado como um ato político- social, não se pode conceber que o professor não
realize o mínimo de planejamento necessário para seus alunos, afinal, o
planejamento, no processo educativo, segundo Menegolla & Sant’Anna (2001,
p.24), não deve ser visto como regulador das ações humanas, ou seja, um limitador
das ações tanto pessoais como sociais, e sim ser visto e planejado no intuito
de nortear o ser humano na busca da autonomia, na tomada de decisões, na
resolução de problemas e principalmente na capacidade de escolher seus
caminhos.
Portanto deve-se partir do princípio de que o
professor deve ensinar os conteúdos e também formar o aluno para que ele se
torne atuante na sociedade, ele deve organizar seu plano de aula de modo que o
aluno possa perceber a importância do que está sendo ensinado, seja num
contexto histórico, para o seu dia-a-dia ou para seu futuro.
É claro que integrar estes dois aspectos,
senso comum e consciência filosófica, nem sempre é tão fácil. Para que isso
aconteça faz-se necessário muito empenho por parte do professor.
Dessa maneira vale
ressaltar que o plano de aula, assim como os objetivos da aula, devem ser recheados
de intenções, para que não se tornem algo meramente burocrático, como ainda
acontece em quase todas as escolas desse país, deve ser algo que instigue,
estimule e capacite o educando a ser um sujeito participante na sociedade na
qual vive.
Entre
os elementos que devem compor um plano de aula estão:
-
clareza e objetividade;
-
Atualização do plano periodicamente;
-
Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;
-
Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
-
Articulação entre a teoria e a prática;
-
Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no
processo e ensino-aprendizagem;
-
Sistematização das atividades com o tempo;
-
Flexibilidade frente a situações imprevistas;
-
Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais,
filmes entre outros;
-
Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.
Portanto,
o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes,
mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades
dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os
estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais
agradável com vistas a facilitar a compreensão.
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