sábado, 13 de abril de 2013

AULA 11/04/2013 – RCNEI


Filhos Brilhantes e alunos fascinantes
Bons filhos conhecem o prefácio da história de seus pais Filhos brilhantes vão muito mais longe, conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.
Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes.
Bons jovens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar. 
Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência. Pois sabem que é melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio. A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe.
O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.
Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar. 
Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora. 
Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.

Na aula de 11 de abril deu-se início aos trabalhos com os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, trazendo para o enfoque de sala de aula a necessidade de trabalharmos os eixos visando o desenvolvimento intelectual e o conhecimento da criança, através de práticas lúdicas que venham a sustentar a sua formação para a sociedade.
O Processo Educacional vivenciado atualmente nas escolas de uma maneira geral, enfatiza o desenvolvimento das habilidades intelectuais e cognitivas, o que provoca a inclusão da criança precocemente nas atividades escolares. Diante, desta nova proposta de educação de qualidade, percebe-se que a maioria das escolas públicas atuais localizada nas periferias não foram criadas para atender as necessidades infantis, logo não se cumpre com sua principal função: oferecer condições adequadas para o desenvolvimento educacional, psicossocial da criança.
Seus espaços físicos inadequados, mobiliários impróprios, a inexistência de brinquedos, contribuem para a ausência de atividades lúdicas e prazerosas que visem contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem. Isto reflete o contraste entre o que foi estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 e a realidade prática.
A Educação Infantil no Brasil só foi reconhecida como fator importante na constituição do indivíduo e institucionalizada a partir da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Entretanto, a maioria das mudanças no campo educacional resultou mesmo foi do parecer promulgado pela LDB que passou a definir no seu art.29: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. “   (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Em contrapartida, para suprir as necessidades de práticas adequadas e com o caráter de elucidar o trabalho do corpo docente foi criado o RCNEI um documento oficial do MEC (COEDI-MEC, 1998). Possui um capítulo introdutório com ideais e princípios a respeito do desenvolvimento e educação da criança. Num outro momento, o documento apresenta três características determinantes para a interação e o desenvolvimento humano: brincar, identidade e o meio.
No Referencial, encontram-se as bases, segundo seu criador, que asseguram a construção de uma proposta pedagógica para cada faixa etária, a fim de orientar sobre os aspectos mais importantes para um atendimento de qualidade na Educação Infantil. Há, também, um modelo do perfil profissional da educação infantil, mostrando as várias maneiras de organizá-lo, conduzir e avalia-lo para assim desenvolve-lo junto às crianças e as respectivas famílias.
A Educação Infantil deve ser um espaço de troca de vivência de novas experiências em busca de uma aprendizagem significativa, carregada de interesse e curiosidade em conhecer e aprender. O educador, neste processo, estará ensinando e aprendendo paralelamente e a criança construindo o seu conhecimento.
Essa etapa é vista como a base necessária para o início da vida educativa para a formação do sujeito pensante, ativo e participativo, tendo por obrigação ser bem estruturada.
Entretanto essa primeira etapa da educação tornou-se séria e comprometida com amplo desenvolvimento educacional de todas as crianças que passam pela educação infantil ampliando seus conceitos como etapa formadora de aspectos sociais, afetivos e cognitivos, tendo como referência principal o profissional que atua nessa área como uma pessoa apta e responsável pelo pleno desenvolvimento do educando.
Diante de tais aspectos a LDB e os RCNEI’s vieram para garantir e buscar soluções educativas para a superação da visão assistencialista das creches, e torná-las fontes propulsoras de conhecimento, de novas descobertas para a criança. Sendo assim, o RCNEI foi criado de maneira a servir como um guia de reflexão de caráter educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os educadores que atuam diretamente com crianças de 0 a 5 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira.
De acordo com a LDB (2006, p.94) diz: Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
Os professores ao elaborarem o seu planejamento e suas avaliações de prática educativa, precisam e devem considerar a pluralidade e diversidade étnica, religiosa, de gênero, social e cultural das crianças, favorecendo desta forma a construção de propostas educativas que respondam às diversas demandas das crianças, da família e das mais diferentes regiões do país.
A LDB reafirma, no art.9º, IV, que: "A União incumbir-se-á de (...) estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil (...) que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".
Portanto ao definir uma proposta pedagógica deve-se levar em consideração a importância dos aspectos sócio emocionais no processo de ensino aprendizagem e a criação de um ambiente que promova interação com riquíssimas situações nos quais suscitam a atividade infantil, que envolva a descoberta, o envolvimento em brincadeiras, descobrimentos e explorações. Assim deve-se priorizar o desenvolvimento da imaginação e raciocínio da criança, as diversas formas de linguagem as quais sejam instrumento básico para apropriação de conhecimentos.
Essas necessidades básicas devem ser prioridades sociais, econômicas e culturais de maneira que a criança receba cuidados de saúde e higiene, e, além disso, participe de uma programação adequada de atividades para a elaboração de conceitos, atitudes e procedimentos, visando a sua formação como ser atuante no meio no qual está inserida.
Nos últimos anos houve grandes mudanças no que diz respeito às teorias e prática da educação infantil fato este que contribuiu para o processo ensino aprendizagem. Para tanto, a instituição de educação infantil deve oportunizar a todas as crianças, condições para as aprendizagens e maneira tal a contribuir no processo de desenvolvimento infantil.
De acordo com o RCNEI (1998, p.23):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
Entretanto, a educação como um processo contínuo e permanente, deve auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento nos aspectos corporais, emocionais, afetivos, éticos e estéticos, com o objetivo de contribuir na formação de crianças saudáveis e felizes.
Além da ação de cuidar, é necessário que o professor como facilitador da aprendizagem desenvolva atitudes e procedimentos auxiliando a criança a identificar suas necessidades, confiando em suas capacidades. Dessa forma, o educador precisa se interessar sobre o que a criança sente, sobre os seus conhecimentos e sobre o mundo, objetivando a ampliação de seus conhecimentos e habilidades, para que torne independente e autônoma. Outra capacidade que a criança precisa desenvolver é a capacidade de criar, por isso as instituições de educação infantil precisam estimular esta para que a criança troque e compartilhe experiências.
Segundo o RCNEI (1998, p.27) volume 1 a brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vinculo essencial com aquilo que é o "não brincar". Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se.
Com as mudanças ocorridas tanto no aspecto teórico, quanto no aspecto prático da educação infantil, as instituições hoje podem atuar como transmissoras de conhecimentos organizados pelo conjunto de relações sociais presentes em diversos momentos históricos.
A educação infantil precisa e deve ter um enfoque para a aprendizagem, dessa forma os profissionais devem se pautar para uma educação para a cidadania e para o convívio com as diferenças, pois como se sabe uma boa educação começa na base.
Hoje o que deve ser preconizado no trabalho com a educação infantil é um trabalho de formação para a cidadania, de maneira a preparar sujeitos capazes de conhecer e aprender, de respeitar e ser respeitados, com direitos e deveres, enriquecendo sempre com a troca de experiências com outros indivíduos, para tanto, a construção do conhecimento nesta faixa etária deve levar em consideração os interesses e necessidades das crianças.
O professor ao realizar seu planejamento precisa ficar atento ao conjunto de atividades que será desenvolvido, uma vez que essas atividades terão como objetivo a interdisciplinaridade levando-se em consideração todas as áreas de conhecimentos: Música, Linguagem Oral e Escrita, Artes visuais, Matemática e Natureza e sociedade e em consonância ao princípio da Educação Infantil que diz respeito à construção da identidade e a conquista de autonomia.
Deve-se considerar para o desenvolvimento da criança o tempo, o espaço, a comunicação, as práticas culturais, a imaginação e a fantasia, a curiosidade e a expressão.
Portanto, para a construção do conhecimento em crianças da educação infantil é necessário construir uma ação pedagógica que contemple este processo dialético de formação humana envolvendo adultos e crianças. Sendo esta correlação adulto/criança um dos grandes desafios que se enfrenta na educação infantil, visto a falta de profissionais habilitados e graduados para tal processo.
Mas é importante lembrar que não só a escolarização é um desafio, mas também os espaços, a cultura e as desigualdades enfrentadas por toda uma população. Então é necessário querer, amar e fazer a diferença para formar cidadãos dignos, reflexivos e opinativos frente a uma sociedade muitas vezes insana e desequilibrada.


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