Na
data de 18/04/2013 não houve aula, somente ocorreram orientações para prática
com referência ao RCNEI volume 3.
A
formação inicial do professor/educador para uma Educação Infantil de qualidade
contempla um processo de construção de um projeto educacional de qualidade para
a criança de 0 a 5 anos devendo ser contínua e permanente. A formação inicial
básica em nível superior, como proposto pela nova LDB, ou o retorno dos
educadores para escola através de programas supletivos especiais, embora
essenciais, não bastam.
Uma
educação de qualidade exige formação de qualidade amparada em conceitos e
práticas que possibilitem o docente a atuar na área básica com eficiência e
comprometimento.
Portanto,
a formação deve estar relacionada ao saber, ao saber fazer e ao saber explicar,
planejar o fazer e gostar do que faz, visto que é nessa fase que se inicia a
formação do sujeito como ser pensante e participante da sociedade da qual
habita. Para isso é preciso formar professores/educadores/pedagogos através de
observações, discussões e reflexões sobre suas ações cotidianas no interior da
creche ou pré-escola. Nesse processo, é necessário dar especial atenção às
concepções, crenças, valores e projetos de vida desse profissional, a sua
própria identidade pessoal que, intimamente associada a sua identidade
profissional, influencia a qualidade geral de seu trabalho. O que ele pensa a
respeito da sociedade, da função social da creche, da escola e da educação?
Quais as suas ideias sobre o que é um bom ou mau professor? Não lhe bastam
apenas obter conhecimentos e técnicas, dominar conteúdos e metodologias de
ensino, é necessário que construa uma
visão ética e política da sua prática profissional. Aliás, é enganosa a ideia
de que existe uma proposta psicopedagógica completamente pronta e organizada a
ser executada. Essa proposta muda conforme as possibilidades da instituição, o
momento histórico, a população atendida e a dinâmica das relações que ali
ocorrem. Ela acontece através de planejamento, ação, avaliação, replanejamento,
em um processo em que devem estar envolvidos todos os profissionais da equipe.
Para isso, no entanto, todos precisam ser respeitados enquanto profissionais,
com direitos e deveres. O que pressupõe condições adequadas de trabalho e
remuneração. Pressupõe também tempo disponível na rotina para planejamento,
registro e reflexões.
O
apoio e parceria dos colegas e supervisores é fundamental para que haja um aprimoramento
na qualidade do trabalho realizado por todo o grupo, favorecendo a criação de
um espírito de equipe, onde cada um se percebe como peça fundamental na
construção do conhecimento pessoal e coletivo, do conhecimento das crianças, da
proposta pedagógica da instituição, de sua identidade profissional e da
qualidade do serviço prestado à comunidade como um todo. Só assim será possível
atender à necessidade de conquistar qualidade nas ações educativas, para
propiciar o melhor desenvolvimento possível às crianças.
Entretanto,
trabalhar em equipe nem sempre e uma atividade fácil, visto que existem os mais
dedicados e aqueles que não possuem perspectivas, embarcando nas ideias de um
referencial.
Equipe
não é somente o conjunto de pessoas que atuam juntas num determinado projeto,
cada qual na sua função. O significado é mais profundo, a ideia é que cada
integrante saiba qual é a sua parte no grupo, mas que leve em consideração o
todo, valorizando o processo inteiro e colaborando com ideias e sugestões. E o
resultado da meta estabelecida, seja um projeto eficaz, grandioso, trabalhoso
na maioria das vezes, mas com amplas gratificações, não somente para o líder,
mas para todos os envolvidos.
Percebe-se
na atualidade do contexto acadêmico àqueles que desejam o estandarte, o grau
mais elevado, buscam, pesquisam, vão além do estipulado em contrapartida
aqueles que não possuem expectativas, vivem na mesmice esperando que algo caia
dos céus em seu benefício. É coerente afirmar que numa equipe cada um tem que
querer pertencer ao grupo, trazer sugestões, levantar hipóteses, questionar e
aliar forças em busca de um ideal comum. Portanto, cada integrante da equipe
precisa ter consciência de que seu trabalho é importante para seu grupo e se
sentir valioso para ele.
Manter
uma equipe coesa, no entanto, não é tarefa das mais fáceis. Afinal, trata-se de
lidar com seres humanos e saber conciliar suas diferenças.
Equipe
é isso. Ela tem um líder natural, mas também tem de ter tripulantes e não
passageiros. Os passageiros apenas ficam encostados à janela do avião,
esperando a aterrissagem. Já os tripulantes colaboram para o sucesso da
aterrissagem, porque cada um tem a sua função também. E todas elas são peças
fundamentais para que esse avião possa decolar e aterrissar.
Com
referência ao Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, o mesmo
deve ser entendido como uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que
visa à estruturação de propostas educacionais adequadas á especificidade de
cada região do país. O documento mostra as conquistas políticas documentais
(Constituição, LDB, Diretrizes Curriculares...) e denota a incorporação, pelo
MEC, da "Educação Infantil no sistema educacional regular." O
documento aponta a especificação legal da Educação Infantil e sua importância
ao ser reconhecida e apoiada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o que
por, si só, já é uma grande vitória, mas a qualidade da ação é ainda um caminho
muito difícil a conquistar.
O
RCNEI é dito como subsidiador e instrumentalizador dos diferentes profissionais
que trabalham diretamente com crianças; além de apresentar objetivos claros de
– estabelecer parâmetros estaduais e municipais das políticas de Educação Infantil
de maneira a subsidiar a produção e a avaliação de material didático, fornecer
critérios de qualidade.
É,
pois um instrumento de suporte à ação pedagógica, norteando o trabalho do
futuro profissional e do profissional frente ao contexto escolar.
Com
referência a música é possível ressaltar que a mesma aplicada a educação desenvolve
um importante papel, sendo afirmado por Weigel (1988) e Barreto (2000) que essa
atividade pode contribuir como reforço no desenvolvimento cognitivo/linguístico,
psicomotor e sócio-afetivo da criança (citado em Chiarelli, 2005).
No
desenvolvimento cognitivo/ linguístico,
a fonte de conhecimento da criança são as situações que ela tem
oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Dessa forma, quanto maior a
riqueza de estímulos que ela receber melhor será seu desenvolvimento
intelectual. Nesse sentido, as experiências rítmicas musicais, permitem uma
participação ativa favorecendo o desenvolvimento dos sentidos. Ao trabalhar com
os sons a criança desenvolve sua acuidade auditiva, ao acompanhar gestos ou
dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção, ao cantar ou
imitar sons ela esta descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com
o ambiente em que vive.
No
psicomotor, as atividades
musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança aprimore sua
habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com
desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do
sistema nervoso.
Quanto
à questão do desenvolvimento
sócio-afetivo, a criança aos poucos vai formando sua identidade,
percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os
outros. Nesse processo a autoestima e a autorrealização desempenham um papel
muito importante. Através do desenvolvimento da autoestima ela aprende a se
aceitar como é com suas capacidades e limitações.
As
atividades musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da socialização,
estimulando a compreensão, a participação e a cooperação. Dessa forma a criança
vai desenvolvendo o conceito de grupo. Além disso, ao expressar-se musicalmente
em atividades que lhe deem prazer, ela demonstra seus sentimentos, libera suas
emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e autorrealização.
Sendo
assim a música é de grande importância para o desenvolvimento de estímulos no
ser humano, tornando indispensável sua utilização na aprendizagem de crianças
com necessidades especiais, já que:
“Crianças
mentalmente deficientes e autistas geralmente reagem à música, quando tudo o
mais falhou”. A música é um veículo expressivo para o alívio da tensão emocional,
superando dificuldades de fala e de linguagem. A terapia musical foi usada
também para melhorar a coordenação motora nos casos de paralisia cerebral e
distrofia muscular. Também é usada para ensinar controle de respiração e da
dicção nos casos em que existe distúrbio da fala. (SADIE em BRÉSCIA, 2003,
p50).
Portanto,
é possível afirmar que a implantação de uma proposta pedagógica musical, a fim
de relacionar a teoria com a prática, ou seja, trazer para dentro da sala de
aula, a vivência de várias culturas através da música, na qual novos ritmos
sejam mostrados, novos instrumentos musicais reconhecidos consistem em instigar
o aluno a buscar o conhecimento de uma história e seus significados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário