sexta-feira, 26 de abril de 2013

Orientações para as atividades do RCNEI III – 25 de abril de 2013.


A quinta feira se inicia cedo na expectativa para as orientações referentes a prática com referência ao RCNEI, a equipe se agiliza e se reúne logo nas primeiras horas para acerto dos últimos detalhes.
Nesta data a saudades do IEPPEP bateu fundo, bons tempos de Formação no qual a cumplicidade falava mais alto, compartilhávamos dos mesmos ideais, topávamos qualquer desafio com um sorriso no rosto, de braços dados, mas tudo passa e temos que nos contentar com o presente, sem claro deixar para trás a essência, o brilho, o gosto e o amor pelo que se faz.
Trabalhar em equipe exige paciência, aceite, mas imposições, cobranças e acima de tudo comprometimento de todos os integrantes a fim de alcançar as metas traçadas.
Assim,  construir equipes de alto desempenho passou a ser o grande desafio das ultimas décadas  do século XX.
 As experiências bem sucedidas de projetos realizados via equipes resultam  em valioso retorno para   os  membros da equipe  que  aprendem a conviver com as diferentes personalidades dentro da  equipe,  entender  as  forças e fraquezas  individuais  e desenvolver  um  entendimento comum  das  metas  e  objetivos acordados. A grande vitoria  dessas experiências  é  a mudança no comportamento  antes individualista  dos participantes.
E no meio acadêmico, o premio alcançado é conseguir praticar a interdisciplinaridade, transferindo-a  para o mundo profissional.
Trabalhar em equipe não é fácil, principalmente nos  projetos de grande porte, que visam interação, conhecimento, participação, soluções complexas, raciocínio  rápido  e atualização constante.
Montar uma  equipe  exige certos cuidados  e  principalmente, avaliar se ela está correspondendo em termos de produtividade e qualidade exige entender ou caracterizar a equipe em alguns fatores  fundamentais. 
É necessário que   todos os integrantes estejam  acessíveis  e  tenham  liberdade   para  expor  suas  ideias  e  reclamações.   Essa comunicação é a base para a realização de um bom trabalho.
Outra regra fundamental para o bom relacionamento do grupo  é a motivação dos profissionais.
A   motivação  geralmente  está  associada  com   a   palavra comportamento humano, significando um estado de espírito  que nos  leva  a  agir em  beneficio do grupo e das metas do projeto. O trabalho  colaborativo só é possível em equipes  motivadas.
No âmbito acadêmico o medo de enfrentar desafios é inerente, e muitas vezes assusta a exposição não é confortável e conviver com críticas gera obstáculos. Fato este que para mim já não é novidade, visto que durante toda a formação pessoal e profissional me habituei a enfrentar os percalços, saltar obstáculos, conviver com críticas e fazer delas experiência de vida.
A cada dia mais me convenço que para estar cursando Pedagogia deveria existir o pré-requisito do curso de Formação a base propulsora para a formação do profissional habilitado e capacitado para conviver com os dilemas.
Se um desafio é difícil,  muitas vezes é entendido como impossível, então os membros da equipe  podem desistir antes de começar, sem ao menos tentar.
Portanto, para que uma equipe funcione bem é necessário o fator “ camaradagem”, ou seja  companheirismo e a lealdade devem e tem que estar presentes. O companheirismo é fundamental no apoio, na troca e no compartilhamento de forças para transpor os obstáculos e vencer barreiras.
Outro fator preponderante é a responsabilidade e a entrega visto que equipes  que têm  responsabilidade  e autoridade  tendem  a  manter  altos níveis de motivação.
O crescimento tem que ser desejo conjunto, sendo este a base de motivação para todos os envolvidos. Quando as pessoas  se  sentem movidas   para   a   frente,  aprendendo   novos   conceitos, aperfeiçoando seus conhecimentos e desafiando seu raciocínio, a  motivação  tende a se manter alta.
A liderança é essencial para controlar e orientar  todos  os componentes.  Os  líderes natos que dominam  o  assunto,  são capazes  de argumentar e colaborar para uma melhor  abordagem do  projeto.  A  função  básica do  líder  é  aplicar  o  seu conhecimento  para quebrar o clima de interesses  pessoais  e tentar  direcionar o foco para o objetivo comum. O importante é  que  todos saibam o que fazer e quando fazer, com a  única finalidade   de   obter  qualidade e satisfação.
Os melhores líderes criam condições para a equipe motivar-se, é dar o pontapé inicial, delegar funções, compartilhar, criar em conjunto, apoiar a equipe quando o desespero aparece.
Grandes ideias podem ser fruto da inteligência de uma pessoa só, mas projetos precisam de uma soma de esforços para se transformarem em realidade. Assim como as formigas – que sozinhas não passam de um inseto frágil e juntas formam uma das comunidades mais organizadas do reino animal, os seres humanos vão mais longe quando estão unidos. O trabalho em equipe gera resultados melhores, em menos tempo, e é essencial em praticamente todas as áreas. Uma cirurgia, um prédio, uma campanha publicitária, um programa de computador: tudo isso exige competência e dedicação de vários profissionais para ser bem feito. E, como no caso das formigas, quando cada um sabe e cumpre suas funções, os benefícios são divididos entre todos.
Desta forma foi pensado o trabalho com referencial a música, no qual cada elemento seria um construtor e uma peça chave para o funcionamento das metas traçadas.
2. Trabalhar a música na Educação Infantil
Nosso foco foi elaborar planejamentos que focassem o trabalho da música na educação infantil, tomando por base os Referenciais Curriculares Nacionais.
O referencial curricular da Educação infantil orienta o trabalho com seis eixos. São eles: movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e Matemática.  A música consiste numa linguagem capaz de “expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos”. Ela esta presente em várias culturas e consiste numa importante forma de expressão humana, esta presente no cotidiano e desde cedo as crianças entram em contato com a mesma, aprendendo e atribuindo a música significados culturais. Vale lembrar que ela integra aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos daí a importância do trabalho com este eixo e desde que se estuda a história da humanidade, tem-se observado que a música sempre fez parte da vida do homem. Em qualquer parte do mundo, em todas as épocas, a música e o homem sempre viveram juntos. Podemos suprir que no principio, o homem reproduzia os sons que ouvia na natureza, como o vento forte e seu sussurrar nas folhagens, a água dos rios, o estalar dos galhos, o canto dos pássaros e tantos outros não só com a intenção de imitá-los, mas também porque essa era a música que ele conhecia.
A música é uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, já na Grécia antiga, considerada fundamental para a formação dos futuros cidadãos. É necessário que o professor desenvolva a música em vários momentos do dia, porém não de forma rotineira e automática. 
Portanto, deve-se dar à criança oportunidade de viver a música, apreciando, cantando e criando sons. Através da musicalização os alunos ampliam suas relações com o espaço natural ou construído, até mesmo se expressando a partir de seu esquema corporal, não percebendo que assim, estará transferindo os elementos expressivos encontrados nos estímulos sonoros das composições musicais.
O lúdico deve estar presente na Educação Infantil  como algo prazeroso e não com exercícios cansativos e repetitivos de cópias e sem significado.
Para tanto, este projeto se faz importante porque procura mostrar que o trabalho com músicas na Educação Infantil, não é para que no futuro se tenha grandes talentos, mas que através da música se possa despertar nas crianças o gosto pelos estudos e pela  permanência na escola como um espaço prazeroso, alegre e feliz.
Como ponto de partida foi elaborado uma síntese com os principais focos abordados no RCNEI, a qual salienta:
Referências Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI)- Volume 3 – Música de 0 a 3 anos:
O RCNEI volume IIII, no capítulo que trata do ensino da música na Educação Infantil visa destacar diversos propósitos, dentre eles: a formação de hábitos, atitudes e comportamento das crianças, através da utilização de materiais de qualidade a fim de desenvolver a audição, o domínio rítmico e motor.
O documento apresenta a música como uma das formas de expressão dos sentimentos, pensamentos, comunicação, herança cultural, sendo imprescindível sua utilização na escola para proporcionar à integração, a interação, a aprendizagem, a percepção, a reflexão, assim como o conhecimento da diversidade.
De acordo com o RCNEI, a música está presente no âmbito do “Conhecimento de Mundo” e este se refere à construção das diferentes linguagens pelas crianças. A linguagem musical tem estruturas e características próprias tais como a produção centrada na experimentação e na imitação, tendo como produtos musicais a interpretação, a improvisação e a composição. A apreciação abrange a percepção dos sons e silêncios e as estruturas e organizações musicais, buscando desenvolver, por meio do prazer da escuta, a capacidade de observação, análise e reconhecimento. Finalmente, a reflexão que trata de questões referentes à organização, à criação, aos produtos e aos produtores musicais.
O trabalho com a música na Educação Infantil contribui no desenvolvimento motor do sujeito e visa garantir a vivência e a reflexão, podendo desenvolver diversas habilidades, elaboração de conceitos e formulação de hipóteses.
Nas crianças de zero a três anos o trabalho musical se caracteriza pela exploração do som e suas qualidades, tendo como ênfase os aspectos intuitivo e afetivo, para tanto o trabalho com a música, nesta faixa etária deve se organizar de modo que as crianças desenvolvam o ouvir, o perceber e o discriminar eventos diversos, fontes sonoras e produções musicais, bem como brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais.
O documento traz orientações referentes aos conteúdos musicais, estando estes organizados em dois blocos: “o fazer musical” que é o tipo de expressão que ocorre por meio da: improvisação, composição e imitação e “apreciação musical”, ambos abarcando também questões referentes à reflexão.
Nas crianças de zero a três anos a prática musical poderá ocorrer por meio de atividades lúdicas, através da exploração dos sons, expressividade, interpretação de música e canções diversas com a participação em brincadeiras, jogos cantados e rítmicos. Para o trabalho com crianças nesta faixa etária deve-se utilizar a música no cotidiano, porém não se esquecendo da importância do silêncio, pois é através dele que se percebe os sons. O trabalho com a música deve ser através da escuta de várias musicas utilizando canções e movimentos corporais de maneira a propiciar o desenvolvimento do conhecimento.
No que diz respeito à avaliação o RCNEI cita a importância do ouvir, responder, imitar e a capacidade de expressão pela voz e corpo, propiciando as crianças a participarem de situações nas quais sejam instigadas a explorar e produzir sons vocais se utilizando para tal diferentes materiais.
A conquista de habilidades musicais no uso da voz, do corpo e dos instrumentos deve ser observada, acompanhada e estimulada de maneira tal propiciar conhecimentos do eu, do outro e da sociedade na qual vivem.
E elaborado dois planos de aula para aplicação na data de 16 de maio.
Área: Linguagem Musical, Teatral, Oral, Visual, Movimento.
Tema: O som do Plebeu Orfeu
Conteúdo: - Estimulação através de contação de história, audição de música e sons;
Duração: 30 min.
Objetivos:
Específicos: - Estimular a percepção dos sons e as habilidades auditivas;
                      - Sensibilizar o gosto musical;
                       -  Estimular a criatividade, a coordenação e o convívio social.
Encaminhamento Metodológico:
1º momento: Recepção das crianças com a música Boa dia, como vai? (Eliana).
2º momento: Organização da roda de conversa.
3º momento: Contação da história “O Som do Plebeu Orfeu”. Nesta etapa as crianças ouvirão diversos sons fortes, fracos, melódicos.
4º momento: Conversa sobre a história.
5º momento: Música de despedida. (Tchau... sua mãe chegou, pegue sua mochila e diga tchau para a pro...).
Recursos: História, música, instrumentos musicais, pulseiras, aparelho de CD, casa roxa, luzes coloridas, fantoches, fantasias.
Avaliação: A avaliação será feita mediante a observação dos alunos na interação com as atividades musicais, sendo feito registro através de fotos ou gravação.
Referências Bibliográficas:
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf acesso em 17/04/2013 às 22hrs.
www.vagalume.com.br › Infantil › G acesso em 17/04/2013 às 23hrs
Dobjenski, Sandra M. O som do Plebeu Orfeu.
Anexos:
Bom dia professora como vai
Bom dia professora como vai
Faremos o possível para sermos bons amigos
Bom dia professora como vai
Bom dia Bizuca como vai
Bom dia Bizuca como vai
Faremos o possível para sermos bons amigos
Bom dia Bizuca como vai
Bom dia Recicléia como vai
Bom dia Recicléia como vai
Faremos o possível para sermos bons amigos
Bom dia Recicléia como vai
Bom dia Flitz como vai
Bom dia Flitz como vai
Faremos o possível para sermos bons amigos
Bom dia Flitz como vai
Bom dia Melocotom como vai
Bom dia Melocotom como vai
Faremos o possível para sermos bons amigos
Bom dia Melocotom como vai
Bom dia amiguinhos como vão
Bom dia amiguinhos como vão
Faremos o possível para sermos bons amigos
Bom dia amiguinhos como vão?
Sandra Mara Dobjenski
O SOM DO PLEBEU ORFEU





                                    O som do Plebeu Orfeu
Escrita pela autora paranaense Sandra Mara Dobjenski , “O Som do Plebeu Orfeu” é uma releitura do clássico “O Fantasma da Ópera”, do francês Gaston Louis Leroux. Na história adaptada, Orfeu, um plebeu triste e solitário busca subsídios para aprender a cantar e uma linda princesa encantar.
Em sua trajetória para aprender as notas musicais conta com a ajuda de Birosca, uma vaquinha sapeca e Formoso um gatinho esperto. Birosca e Formoso ajudam Orfeu a tocar, cantar e criar uma linda melodia para Zarandra conquistar.                              
Num reino bem distante daqui, habitava Orfeu um músico trapalhão, que vivia cheio de tristeza, no silêncio de sua casa.
Orfeu vivia a perambular sem poder cantar para uma bela princesa conquistar.
Nos arredores dali vivia Birosca sempre a mugir tentando uma rima para o MU encontrar. Procurava daqui, procura dali sem nada achar.
Orfeu zangado se punha a vuvuzela tocar. E a sacana Birosca corria para sua cama para o som não mais escutar.
Pan, pan, pan, pan, pan, o som ficava cada vez mais forte e uma música se ouvia ao longe além das montanhas perto do mar, todo o reino acordava e punha-se a se espreguiçar.
Era o gato Formoso que seu violão não parava de tocar.
Formoso cantava e tocava para o Reino Malicioso encantar.
Mas de repente em meio à agitação ouvem-se batidas fortes vindas da escuridão.
As cortinas se erguerem num ritmo apressado e descontrolado e Birosca assustada, soltava um mugido forte para conter a alucinação.
Birosca mugia ainda mais forte, cheia de insatisfação.
O som que se propagava pelo reino atormentava a audição.
Formoso dedilha um apaixonante som.
Um grande baile, eles fariam, para atrair a atenção.
Birosca deveria aprender o dó, Formoso  o mi, o reino todo deveria acompanhar a canção, que no Tum Tum  faria bater o coração.
Orfeu era só empolgação, e começou a treinar com a flauta doce para seu amor conquistar. Tocava fraco, tocava forte para o compasso encontrar.
Bateu palmas, bateu o pé, dançou rock, para seu amor conquistar. Uma melodia harmoniosa, Orfeu teria que criar.
Como não era bobo, nem nada, batia o pandeiro num compasso acelerado, num ritmo aloprado, num timbre apaixonado.
Ensaiou com Birosca e Malicioso o dó, o ré e o miau para a canção recitar, afinal Orfeu tinha que seu amor conquistar .
A noite do baile chega, ouvem-se gaitas saudando a princesa que saia de seu camarim.
Tim TIM era o brinde das taças em meio ao jardim. 
Os chocalhos anunciam que Orfeu e Zarandra vão se encontrar.
Birosca e Formoso tocam a flauta suave  para o reino embalar.
Reis, cavaleiros, soldados e mensageiros fizeram a sua própria melodia, juntaram o Mi, com o Dó, o Ré com o Si e uma canção resolveram improvisar.
A ópera do malandro vai contagiando a multidão, Orfeu e Zarandra declaram sua paixão, numa gargalhada de loucura e empolgação.
As luzes se apagam, e a escuridão toma conta do salão, o silêncio era total, quando de repente Orfeu entoa sua canção.
 Luzes coloridas se acendem, pandeiro e tamborim, gaita e violão, palmas e gargalhadas tomavam conta do reino.
Não existia mais plebeu e princesa e sim uma única canção, a princesa bailava com seu violão e convidava a multidão.
Todos batem palmas, todos batem os pés era hora de soltar o vozeirão, dançando e cantando ao ritmo de uma canção.

          FIM
 


Área: Linguagem Musical, Oral, Movimento, Artística.
Tema: Passeio ao mundo Encantado
Conteúdo: - Brincadeiras cantadas;
Duração: 30 min.
Objetivos:
Específicos: - Estimular a percepção dos sons e as habilidades auditivas;
                         - Conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo através dos sons; 
                       - Expressar, através do movimento, emoções e estados afetivos.
Encaminhamento Metodológico:
1º momento: Reunir as crianças em uma grande roda e dizer-lhes que a sala vai se transformar em uma floresta e elas serão seus habitantes. As crianças receberão pulseiras amarelas que simbolizarão as palmas e pulseiras laranja, batida dos pés.  (Caranguejo peixe é)
 2º momento: Em roda trabalhar a percepção musical aliada ao movimento. (Chu Chua).
3º momento: História da serpente. (As crianças receberão máscaras de serpente).
4º momento: Lá vem o crocodilo.
6º momento: Relaxamento.
Recursos: Músicas, aparelho de CD, máscaras.
Avaliação: A avaliação será feita mediante a observação dos alunos na interação com as atividades musicais, sendo feito registro através de fotos ou gravação.
Referências Bibliográficas:
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf acesso em 17/04/2013 às 22hrs.
www.vagalume.com.br › Infantil › G acesso em 17/04/2013 às 23hrs
Anexos
Lá vem o crocodilo 
              Orangotango 
              As duas serpentinhas 
              A águia real 
             O gato 
             O rato 
             Não faltou ninguém 
Só não se vê os dois pequinês.  


domingo, 21 de abril de 2013

AULA 18 DE ABRIL DE 2013 – ORIENTAÇÕES E DISCUSSÕES PARA O TRABALHO EM GRUPO – RCNE VOLUME 3


Na data de 18/04/2013 não houve aula, somente ocorreram orientações para prática com referência ao RCNEI volume 3.
A formação inicial do professor/educador para uma Educação Infantil de qualidade contempla um processo de construção de um projeto educacional de qualidade para a criança de 0 a 5 anos devendo ser contínua e permanente. A formação inicial básica em nível superior, como proposto pela nova LDB, ou o retorno dos educadores para escola através de programas supletivos especiais, embora essenciais, não bastam.
Uma educação de qualidade exige formação de qualidade amparada em conceitos e práticas que possibilitem o docente a atuar na área básica com eficiência e comprometimento.
Portanto, a formação deve estar relacionada ao saber, ao saber fazer e ao saber explicar, planejar o fazer e gostar do que faz, visto que é nessa fase que se inicia a formação do sujeito como ser pensante e participante da sociedade da qual habita. Para isso é preciso formar professores/educadores/pedagogos através de observações, discussões e reflexões sobre suas ações cotidianas no interior da creche ou pré-escola. Nesse processo, é necessário dar especial atenção às concepções, crenças, valores e projetos de vida desse profissional, a sua própria identidade pessoal que, intimamente associada a sua identidade profissional, influencia a qualidade geral de seu trabalho. O que ele pensa a respeito da sociedade, da função social da creche, da escola e da educação? Quais as suas ideias sobre o que é um bom ou mau professor? Não lhe bastam apenas obter conhecimentos e técnicas, dominar conteúdos e metodologias de ensino, é necessário que  construa uma visão ética e política da sua prática profissional. Aliás, é enganosa a ideia de que existe uma proposta psicopedagógica completamente pronta e organizada a ser executada. Essa proposta muda conforme as possibilidades da instituição, o momento histórico, a população atendida e a dinâmica das relações que ali ocorrem. Ela acontece através de planejamento, ação, avaliação, replanejamento, em um processo em que devem estar envolvidos todos os profissionais da equipe. Para isso, no entanto, todos precisam ser respeitados enquanto profissionais, com direitos e deveres. O que pressupõe condições adequadas de trabalho e remuneração. Pressupõe também tempo disponível na rotina para planejamento, registro e reflexões.
O apoio e parceria dos colegas e supervisores  é fundamental para que haja um aprimoramento na qualidade do trabalho realizado por todo o grupo, favorecendo a criação de um espírito de equipe, onde cada um se percebe como peça fundamental na construção do conhecimento pessoal e coletivo, do conhecimento das crianças, da proposta pedagógica da instituição, de sua identidade profissional e da qualidade do serviço prestado à comunidade como um todo. Só assim será possível atender à necessidade de conquistar qualidade nas ações educativas, para propiciar o melhor desenvolvimento possível às crianças.
Entretanto, trabalhar em equipe nem sempre e uma atividade fácil, visto que existem os mais dedicados e aqueles que não possuem perspectivas, embarcando nas ideias de um referencial.
Equipe não é somente o conjunto de pessoas que atuam juntas num determinado projeto, cada qual na sua função. O significado é mais profundo, a ideia é que cada integrante saiba qual é a sua parte no grupo, mas que leve em consideração o todo, valorizando o processo inteiro e colaborando com ideias e sugestões. E o resultado da meta estabelecida, seja um projeto eficaz, grandioso, trabalhoso na maioria das vezes, mas com amplas gratificações, não somente para o líder, mas para todos os envolvidos.
Percebe-se na atualidade do contexto acadêmico àqueles que desejam o estandarte, o grau mais elevado, buscam, pesquisam, vão além do estipulado em contrapartida aqueles que não possuem expectativas, vivem na mesmice esperando que algo caia dos céus em seu benefício. É coerente afirmar que numa equipe cada um tem que querer pertencer ao grupo, trazer sugestões, levantar hipóteses, questionar e aliar forças em busca de um ideal comum. Portanto, cada integrante da equipe precisa ter consciência de que seu trabalho é importante para seu grupo e se sentir valioso para ele.
Manter uma equipe coesa, no entanto, não é tarefa das mais fáceis. Afinal, trata-se de lidar com seres humanos e saber conciliar suas diferenças.
Equipe é isso. Ela tem um líder natural, mas também tem de ter tripulantes e não passageiros. Os passageiros apenas ficam encostados à janela do avião, esperando a aterrissagem. Já os tripulantes colaboram para o sucesso da aterrissagem, porque cada um tem a sua função também. E todas elas são peças fundamentais para que esse avião possa decolar e aterrissar.
Com referência ao Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, o mesmo deve ser entendido como uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que visa à estruturação de propostas educacionais adequadas á especificidade de cada região do país. O documento mostra as conquistas políticas documentais (Constituição, LDB, Diretrizes Curriculares...) e denota a incorporação, pelo MEC, da "Educação Infantil no sistema educacional regular." O documento aponta a especificação legal da Educação Infantil e sua importância ao ser reconhecida e apoiada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o que por, si só, já é uma grande vitória, mas a qualidade da ação é ainda um caminho muito difícil a conquistar.
O RCNEI é dito como subsidiador e instrumentalizador dos diferentes profissionais que trabalham diretamente com crianças; além de apresentar objetivos claros de – estabelecer parâmetros estaduais e municipais das políticas de Educação Infantil de maneira a subsidiar a produção e a avaliação de material didático, fornecer critérios de qualidade.
É, pois um instrumento de suporte à ação pedagógica, norteando o trabalho do futuro profissional e do profissional frente ao contexto escolar.
Com referência a música é possível ressaltar que a mesma aplicada a educação desenvolve um importante papel, sendo afirmado por Weigel (1988) e Barreto (2000) que essa atividade pode contribuir como reforço no desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança (citado em Chiarelli, 2005).
No desenvolvimento cognitivo/ linguístico, a fonte de conhecimento da criança são as situações que ela tem oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Dessa forma, quanto maior a riqueza de estímulos que ela receber melhor será seu desenvolvimento intelectual. Nesse sentido, as experiências rítmicas musicais, permitem uma participação ativa favorecendo o desenvolvimento dos sentidos. Ao trabalhar com os sons a criança desenvolve sua acuidade auditiva, ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção, ao cantar ou imitar sons ela esta descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive. 
No psicomotor, as atividades musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso.
Quanto à questão do desenvolvimento sócio-afetivo, a criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros. Nesse processo a autoestima e a autorrealização desempenham um papel muito importante. Através do desenvolvimento da autoestima ela aprende a se aceitar como é com suas capacidades e limitações.
As atividades musicais coletivas favorecem o desenvolvimento da socialização, estimulando a compreensão, a participação e a cooperação. Dessa forma a criança vai desenvolvendo o conceito de grupo. Além disso, ao expressar-se musicalmente em atividades que lhe deem prazer, ela demonstra seus sentimentos, libera suas emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e autorrealização.
Sendo assim a música é de grande importância para o desenvolvimento de estímulos no ser humano, tornando indispensável sua utilização na aprendizagem de crianças com necessidades especiais, já que:
“Crianças mentalmente deficientes e autistas geralmente reagem à música, quando tudo o mais falhou”. A música é um veículo expressivo para o alívio da tensão emocional, superando dificuldades de fala e de linguagem. A terapia musical foi usada também para melhorar a coordenação motora nos casos de paralisia cerebral e distrofia muscular. Também é usada para ensinar controle de respiração e da dicção nos casos em que existe distúrbio da fala. (SADIE em BRÉSCIA, 2003, p50).
Portanto, é possível afirmar que a implantação de uma proposta pedagógica musical, a fim de relacionar a teoria com a prática, ou seja, trazer para dentro da sala de aula, a vivência de várias culturas através da música, na qual novos ritmos sejam mostrados, novos instrumentos musicais reconhecidos consistem em instigar o aluno a buscar o conhecimento de uma história e seus significados.

sábado, 13 de abril de 2013

AULA 11/04/2013 – RCNEI


Filhos Brilhantes e alunos fascinantes
Bons filhos conhecem o prefácio da história de seus pais Filhos brilhantes vão muito mais longe, conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.
Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes.
Bons jovens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar. 
Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência. Pois sabem que é melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio. A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe.
O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.
Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar. 
Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora. 
Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.

Na aula de 11 de abril deu-se início aos trabalhos com os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, trazendo para o enfoque de sala de aula a necessidade de trabalharmos os eixos visando o desenvolvimento intelectual e o conhecimento da criança, através de práticas lúdicas que venham a sustentar a sua formação para a sociedade.
O Processo Educacional vivenciado atualmente nas escolas de uma maneira geral, enfatiza o desenvolvimento das habilidades intelectuais e cognitivas, o que provoca a inclusão da criança precocemente nas atividades escolares. Diante, desta nova proposta de educação de qualidade, percebe-se que a maioria das escolas públicas atuais localizada nas periferias não foram criadas para atender as necessidades infantis, logo não se cumpre com sua principal função: oferecer condições adequadas para o desenvolvimento educacional, psicossocial da criança.
Seus espaços físicos inadequados, mobiliários impróprios, a inexistência de brinquedos, contribuem para a ausência de atividades lúdicas e prazerosas que visem contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem. Isto reflete o contraste entre o que foi estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 e a realidade prática.
A Educação Infantil no Brasil só foi reconhecida como fator importante na constituição do indivíduo e institucionalizada a partir da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Entretanto, a maioria das mudanças no campo educacional resultou mesmo foi do parecer promulgado pela LDB que passou a definir no seu art.29: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. “   (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Em contrapartida, para suprir as necessidades de práticas adequadas e com o caráter de elucidar o trabalho do corpo docente foi criado o RCNEI um documento oficial do MEC (COEDI-MEC, 1998). Possui um capítulo introdutório com ideais e princípios a respeito do desenvolvimento e educação da criança. Num outro momento, o documento apresenta três características determinantes para a interação e o desenvolvimento humano: brincar, identidade e o meio.
No Referencial, encontram-se as bases, segundo seu criador, que asseguram a construção de uma proposta pedagógica para cada faixa etária, a fim de orientar sobre os aspectos mais importantes para um atendimento de qualidade na Educação Infantil. Há, também, um modelo do perfil profissional da educação infantil, mostrando as várias maneiras de organizá-lo, conduzir e avalia-lo para assim desenvolve-lo junto às crianças e as respectivas famílias.
A Educação Infantil deve ser um espaço de troca de vivência de novas experiências em busca de uma aprendizagem significativa, carregada de interesse e curiosidade em conhecer e aprender. O educador, neste processo, estará ensinando e aprendendo paralelamente e a criança construindo o seu conhecimento.
Essa etapa é vista como a base necessária para o início da vida educativa para a formação do sujeito pensante, ativo e participativo, tendo por obrigação ser bem estruturada.
Entretanto essa primeira etapa da educação tornou-se séria e comprometida com amplo desenvolvimento educacional de todas as crianças que passam pela educação infantil ampliando seus conceitos como etapa formadora de aspectos sociais, afetivos e cognitivos, tendo como referência principal o profissional que atua nessa área como uma pessoa apta e responsável pelo pleno desenvolvimento do educando.
Diante de tais aspectos a LDB e os RCNEI’s vieram para garantir e buscar soluções educativas para a superação da visão assistencialista das creches, e torná-las fontes propulsoras de conhecimento, de novas descobertas para a criança. Sendo assim, o RCNEI foi criado de maneira a servir como um guia de reflexão de caráter educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os educadores que atuam diretamente com crianças de 0 a 5 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira.
De acordo com a LDB (2006, p.94) diz: Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
Os professores ao elaborarem o seu planejamento e suas avaliações de prática educativa, precisam e devem considerar a pluralidade e diversidade étnica, religiosa, de gênero, social e cultural das crianças, favorecendo desta forma a construção de propostas educativas que respondam às diversas demandas das crianças, da família e das mais diferentes regiões do país.
A LDB reafirma, no art.9º, IV, que: "A União incumbir-se-á de (...) estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil (...) que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".
Portanto ao definir uma proposta pedagógica deve-se levar em consideração a importância dos aspectos sócio emocionais no processo de ensino aprendizagem e a criação de um ambiente que promova interação com riquíssimas situações nos quais suscitam a atividade infantil, que envolva a descoberta, o envolvimento em brincadeiras, descobrimentos e explorações. Assim deve-se priorizar o desenvolvimento da imaginação e raciocínio da criança, as diversas formas de linguagem as quais sejam instrumento básico para apropriação de conhecimentos.
Essas necessidades básicas devem ser prioridades sociais, econômicas e culturais de maneira que a criança receba cuidados de saúde e higiene, e, além disso, participe de uma programação adequada de atividades para a elaboração de conceitos, atitudes e procedimentos, visando a sua formação como ser atuante no meio no qual está inserida.
Nos últimos anos houve grandes mudanças no que diz respeito às teorias e prática da educação infantil fato este que contribuiu para o processo ensino aprendizagem. Para tanto, a instituição de educação infantil deve oportunizar a todas as crianças, condições para as aprendizagens e maneira tal a contribuir no processo de desenvolvimento infantil.
De acordo com o RCNEI (1998, p.23):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
Entretanto, a educação como um processo contínuo e permanente, deve auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento nos aspectos corporais, emocionais, afetivos, éticos e estéticos, com o objetivo de contribuir na formação de crianças saudáveis e felizes.
Além da ação de cuidar, é necessário que o professor como facilitador da aprendizagem desenvolva atitudes e procedimentos auxiliando a criança a identificar suas necessidades, confiando em suas capacidades. Dessa forma, o educador precisa se interessar sobre o que a criança sente, sobre os seus conhecimentos e sobre o mundo, objetivando a ampliação de seus conhecimentos e habilidades, para que torne independente e autônoma. Outra capacidade que a criança precisa desenvolver é a capacidade de criar, por isso as instituições de educação infantil precisam estimular esta para que a criança troque e compartilhe experiências.
Segundo o RCNEI (1998, p.27) volume 1 a brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vinculo essencial com aquilo que é o "não brincar". Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se.
Com as mudanças ocorridas tanto no aspecto teórico, quanto no aspecto prático da educação infantil, as instituições hoje podem atuar como transmissoras de conhecimentos organizados pelo conjunto de relações sociais presentes em diversos momentos históricos.
A educação infantil precisa e deve ter um enfoque para a aprendizagem, dessa forma os profissionais devem se pautar para uma educação para a cidadania e para o convívio com as diferenças, pois como se sabe uma boa educação começa na base.
Hoje o que deve ser preconizado no trabalho com a educação infantil é um trabalho de formação para a cidadania, de maneira a preparar sujeitos capazes de conhecer e aprender, de respeitar e ser respeitados, com direitos e deveres, enriquecendo sempre com a troca de experiências com outros indivíduos, para tanto, a construção do conhecimento nesta faixa etária deve levar em consideração os interesses e necessidades das crianças.
O professor ao realizar seu planejamento precisa ficar atento ao conjunto de atividades que será desenvolvido, uma vez que essas atividades terão como objetivo a interdisciplinaridade levando-se em consideração todas as áreas de conhecimentos: Música, Linguagem Oral e Escrita, Artes visuais, Matemática e Natureza e sociedade e em consonância ao princípio da Educação Infantil que diz respeito à construção da identidade e a conquista de autonomia.
Deve-se considerar para o desenvolvimento da criança o tempo, o espaço, a comunicação, as práticas culturais, a imaginação e a fantasia, a curiosidade e a expressão.
Portanto, para a construção do conhecimento em crianças da educação infantil é necessário construir uma ação pedagógica que contemple este processo dialético de formação humana envolvendo adultos e crianças. Sendo esta correlação adulto/criança um dos grandes desafios que se enfrenta na educação infantil, visto a falta de profissionais habilitados e graduados para tal processo.
Mas é importante lembrar que não só a escolarização é um desafio, mas também os espaços, a cultura e as desigualdades enfrentadas por toda uma população. Então é necessário querer, amar e fazer a diferença para formar cidadãos dignos, reflexivos e opinativos frente a uma sociedade muitas vezes insana e desequilibrada.


domingo, 7 de abril de 2013

PLANO DE AULA – 04/04/2013

                                             A realização do planejamento é imprescindível no processo de ensino-aprendizagem.

Na aula de 04 de abril do corrente ano foi abordada a necessidade do plano de aula, bem como suas utilidades e necessidades para um decurso perfeito do trabalho em sala de aula.
1. INTRODUÇÃO
O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução humana.
Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que as rodeiam.
Mas não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o planejamento atinge vários setores da vida social, tornando-se imprescindível também na atividade docente. 
Outro aspecto importante que foi abordado foi com relação às tipologias planejamento X plano, conceitos estes utilizados no cotidiano escolar.
Apesar destes conceitos serem utilizados como sinônimos eles não o são e faz-se necessário que o professor compreenda essas diferenças para poder utilizar-se destes termos com precisão e eloquência. Em seguida, realizou-se uma análise com relação ao planejamento enquanto ato político-social, político-filosófico, técnico e científico. Outro aspecto abordado relaciona-se com as principais etapas para a elaboração do plano de aula.
Enfim tanto o plano quanto o planejamento no contexto escolar é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.
2. PLANEJAMENTO, PLANO(S), PROJETO(S) – COMPREENSÃO NECESSÁRIA.
De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações. 
Já para (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001, p.40):

“Planejamento é um instrumento direcional de todo o processo educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos e meios necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da educação.”

As definições acima salientadas demonstram a dimensão da necessidade de se compreender a importância do ato de planejar, não apenas no dia-a-dia, mas principalmente, no dia-a-dia de sala de aula.
No entanto, apesar da grande importância ressaltada, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível.
Para Moretto (2007), planejar é organizar ações. Essa é uma definição simples, mas que mostra uma dimensão da importância do ato de planejar, uma vez que o planejamento deve existir para facilitar o trabalho tanto do professor como do aluno.
O planejamento deve ser uma organização das ideias e informações.
De acordo com Moacir PILETTI, 2001, p.73, plano de aula é a:

“Sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo. (...) É a sistematização de todas as atividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem.”

Considerando que o planejamento deve ser pensado como um ato político- social, não se pode conceber que o professor não realize o mínimo de planejamento necessário para seus alunos, afinal, o planejamento, no processo educativo, segundo Menegolla & Sant’Anna (2001, p.24), não deve ser visto como regulador das ações humanas, ou seja, um limitador das ações tanto pessoais como sociais, e sim ser visto e planejado no intuito de nortear o ser humano na busca da autonomia, na tomada de decisões, na resolução de problemas e principalmente na capacidade de escolher seus caminhos.
Portanto deve-se partir do princípio de que o professor deve ensinar os conteúdos e também formar o aluno para que ele se torne atuante na sociedade, ele deve organizar seu plano de aula de modo que o aluno possa perceber a importância do que está sendo ensinado, seja num contexto histórico, para o seu dia-a-dia ou para seu futuro.
É claro que integrar estes dois aspectos, senso comum e consciência filosófica, nem sempre é tão fácil. Para que isso aconteça faz-se necessário muito empenho por parte do professor.
Dessa maneira vale ressaltar que o plano de aula, assim como os objetivos da aula, devem ser recheados de intenções, para que não se tornem algo meramente burocrático, como ainda acontece em quase todas as escolas desse país, deve ser algo que instigue, estimule e capacite o educando a ser um sujeito participante na sociedade na qual vive.
Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão: 
- clareza e objetividade; 
- Atualização do plano periodicamente; 
- Conhecimento dos recursos disponíveis da escola; 
- Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado; 
- Articulação entre a teoria e a prática; 
- Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo e ensino-aprendizagem; 
- Sistematização das atividades com o tempo;
- Flexibilidade frente a situações imprevistas;
- Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;
- Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes. 
Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.