quarta-feira, 20 de março de 2013

Educação Infantil - Pra que te quero? Carmem Craidy . Gládis E. Kaercher - Aula referente ao dia 14/03/2013



CM Craidy, GE Kaercher - 2001 - books.google.com


Na data de 14 de março de 2013 a turma de Pedagogia, da Faculdade Padre João Bagozzi deu início a uma mesa redonda para discutir questões contidas no Livro: Educação Infantil – Pra que te quero? , organizado por Carmem Craidy e Gládis E. Kaercher.
Na data cada grupo ficará responsável pela leitura e discussão de um capítulo e elaboração de duas questões discursivas a respeito do mesmo, a mesa redonda fluiu bem com a participação dos acadêmicos e tendo como mediador o professor orientador.
Vários aspectos foram abordados desde histórico da infância, metodologias, o processo de desenvolvimento da criança entre outros.
A discussão foi relevante devido ao fato que a escola hoje é considerada um dos espaços mais importantes na formação do indivíduo, entretanto, nem sempre foi assim.
Pode-se salientar que durante muito tempo não houve instituições responsáveis pela criança, o seu surgimento tem relação ao nascimento da escola, bem como ao pensamento pedagógico moderno, num período de várias transformações econômicas, políticas e científicas, e ainda com a invenção da imprensa, permitindo acesso à leitura.
Hoje a escola é tida como uma organização social, portanto é formada por homens e para os homens. Em sua forma atual, controlada pelo Estado, se tornou um ambiente de divulgação política, cultural e ideológica, na qual o cidadão é formado em sua plenitude.
E assim começa a narrativa...
ESCOLA INFANTIL: PRA QUE TE QUERO?
Capítulo 1 do livro que abrange um pouco da história da educação da criança.
No início a criança era tida como um adulto em miniatura, sem direitos, sem sequer representação frente à sociedade na qual habitava, a infância era renegada.
Por um bom período da história da humanidade, não houve nenhuma instituição responsável por compartilhar a responsabilidade de educar e cuidar da criança com os pais e com a comunidade da qual estes faziam parte.
O surgimento das instituições de educação infantil esteve de certa forma relacionada ao nascimento da escola e do pensamento pedagógico moderno, que pode ser localizado entre os séculos XVI e XVII.
A igreja teve um papel importante na alfabetização, para garantir que seus fiéis tivessem um mínimo de domínio da leitura e da escrita. Com a implantação da sociedade industrial, também passaram a ser feitas novas exigências educativas.
As creches e pré-escolas surgiram depois das escolas e o seu aparecimento tem sido muito associado com o trabalho materno fora do lar, a partir da Revolução Industrial.
Com a Revolução Industrial houve mudanças quanto à forma de tratar a infância, surgindo às creches e pré-escolas com o intuito de dar suporte a uma nova estrutura familiar da época.
Tais estruturas vieram com o intuito de defender ideias de que proporcionar educação era, em alguns casos, uma forma de proteger a criança das influencias negativas do seu meio e preservar-lhe a inocência, em outros, era preciso afastar a criança da ameaça da exploração, ou ainda, a educação dada ás crianças tinha por objetivo eliminar as suas inclinações para a preguiça, a vagabundagem, que eram consideradas “características” das crianças pobres. O que se pode perceber é que existiu para justificar o surgimento das escolas infantis uma série de ideias sobre o que constituía uma “natureza infantil”, uma necessidade.
Dando sequência a explanação o subtítulo E então pra quê? aborda que a educação da criança pequena envolve simultaneamente dois processos complementares e indissociáveis: educar e cuidar. O que tem se verificado na prática, é que tanto os cuidados como a educação, têm sido entendidos de forma muito estreita.
Cuidar tem significado, na maioria das vezes, realizar as atividades voltadas para os cuidados primários: higiene, sono, alimentação. Prover ambientes acolhedores, seguros, alegres, instigadores, com adultos preparados.
Sendo que no sentido amplo do termo cuidar inclui preocupações que vão desde a organização dos horários de funcionamento da creche, compatíveis com a jornada de trabalho dos responsáveis pela criança, passando pela organização do espaço, pela atenção aos materiais que são oferecidos, como brinquedos, pelo respeito às manifestações da criança (de querer estar sozinha, de ter direito aos seus ritmos) até a consideração de que a creche não é um instrumento de controle da família, para dar apenas alguns exemplos.
Para tanto, o cuidar e o educar dão características próprias à educação infantil, buscando formar um cidadão crítico e participativo na sociedade.
Nesta perspectiva a criança deve ser vista como um sujeito que vive no mundo da fantasia, do sonho, onde a afetividade, a brincadeira apresenta caráter subjetivo.
Sendo que a dimensão educativa tem desconhecido um modo atual de ver as crianças. A infância passa a ser nada mais do que um momento de passagem, que precisa ser apressado como, aliás, tudo em nossa vida.
No tópico A educação infantil como um percurso ou caminhada (ou isto, ou aquilo…), é discutida a importância da criança, seu desenvolvimento e suas necessidades.
A criança não cria a partir do nada, mas de significados que fazem parte da linguagem e do patrimônio cultural do seu grupo.
A responsabilidade pela entrada da criança no universo cultural que ela compartilha com seu grupo social tem, cada vez mais, envolvido outros sujeitos e instituições fora da família.
Este processo de constituição dos sujeitos no mundo da cultura é o que pode ser chamado de educação, ou seja, o fenômeno pelo qual a criança passa não apenas a absorver a cultura do seu grupo, mas também a produzi-la e ativamente transforma-la, sendo que a forma como as instituições escolares, se organizam para produzir este processo é chamado currículo.
Já como conhecimento entende-se o domínio de informações e o desenvolvimento do raciocínio, de formas de pensar.
A experiência que a criança vive na educação infantil é muito mais completa e complexa. Nela a criança desenvolve modos de pensar, mas também se torna um ser que sente de uma determinada maneira. Também é preciso destacar que a criança neste período se torna cada vez mais capaz do domínio das operações com o próprio corpo, um sujeito que faz coisas, desenvolve habilidades, destrezas, que se expressa de variadas formas, que se manifesta como um ser ativo e criativo, enfim um ser que desenvolve habilidades.
Para finalizar o capítulo faz-se a relevância a pergunta Escola Infantil, Prá que te Quero?, a qual salienta os princípios originais da educação infantil. Princípios estes que visam à liberdade da criança de aprender, adquirir novos conhecimentos, liberdade de dançar, cantar e não serem aborrecidas, molestadas e sim respeitadas. Que elas fossem educadas e treinadas sem punições ou temor, que nenhuma restrição necessária lhes fosse imposta e que lhes fosse ensinado somente “o que pudessem entender”. A escola infantil trouxe uma abordagem humana e inovadora para a educação de crianças pequenas no início do século XIX.
Segundo as autoras as crianças deveriam ficar livres para reconstruir sua própria realidade e que o espaço de educação infantil deve ser repensado como fonte de formação de um sujeito social, cultural, opinativo e reflexivo.
No Capítulo 2 são discutidas as Novas definições da legislação para a Educação Infantil, nas quais se verificam as prerrogativas da Lei de Diretrizes e Bases Da Educação Nacional (Lei 9394/96) no que se refere as disposições legais para a Educação Infantil.
O reconhecimento da criança, enquanto sujeito de direitos no Brasil, acontece a partir da Constituição Federal de 1988 que lhe garante o “direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência e opressão”. (BRASIL, 1988)
As conquistas no campo teórico da educação no Brasil avançam e dão sinais de mudanças, mas, na prática tem-se que muito caminhar. Porém, quando pedagogos, se deparam com professores conscientes, capazes de relacionar o que à criança aprende e vivencia hoje, tem-se a certeza que as transformações já acontecem. Isso alimenta e encoraja a continuar o trabalho na formação de professores, educadores e gestores atuantes no contexto escolar.
No que diz respeito ao ECA,  Estatuto da Criança e do Adolescente, lei federal 8069/1990, explicitou melhor cada um dos direitos da criança e do adolescente bem como os princípios que devem nortear as políticas de atendimento. Determinou ainda a criação dos Conselhos da Criança e do Adolescente e dos Conselhos Tutelares. “Os primeiros devem traçar as diretrizes políticas e os segundos devem zelar pelo respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes, entre os quais o direito à educação, que para as crianças pequenas incluirá o direito a creches e pré-escolas”. (CRAIDY, 2001, p.24)
No entanto, se argumenta se os sujeitos só possuem direitos? Diante de tal interrogação parece evidente a preocupação dos docentes no sentido de lhe atribuírem a responsabilidade pelas populações infantis para além de contextos locais e específicos do contexto escolar.
 Neste debate, percebe-se que não devem ser negados direitos para as crianças, entretanto deve-se opor-lhes deveres com intuito de formação de uma sociedade justa, solidária e democrática.
A criança deve vivenciar e aprender relações afetivas, sociais e culturais com critérios alicerçados nos valores universais e de convivência social, e os professores devem reconhecer o contexto histórico, social e político, promover o brincar como “coisa” séria para um desenvolvimento harmônico. E, ainda, perceber como a criança é reconhecida no seu contexto familiar, e, praticar ações pedagógicas na promoção de seu desenvolvimento e aprendizagem.
 As conquistas no campo teórico da educação no Brasil avançam e dão sinais de mudanças, mas, na prática tem-se muito que caminhar e muito que entender. É claro que tal pejorativa depende muito do corpo docente das instituições, que mediante observações e trabalhos sejam capazes de relacionar o que à criança aprende e vivência hoje, buscando transformações futuras nos conceitos de entendimento das leis.
Educar significa comprometer-se com a construção e evolução de uma pessoa única, exclusiva e inconfundível, portanto sujeito histórico de direitos. Relacionar o ECA com a falta de “deveres”, oculta conhecimentos internalizados, de que a educação precisa ser marcada por ações elaboradas e contribuir para o desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo como um todo.
Nesse caso, não se imputam somente as leis suprir as necessidades, mas sim as ações pedagógicas, como instrumentos de formação e transformação de uma sociedade violenta, sem limites possibilitando-lhes direitos e deveres e acima de tudo reflexão a respeito de seus atos enquanto seres constituintes de uma sociedade.
Tal processo deve ter início na educação infantil, seguir pelo ensino fundamental e perdurar por todo processo educacional com intuito de formar sujeitos opinativos frente aos problemas enfrentados na atual conjectura.
No capítulo 3 as autoras Craidy e Kaercher discorrem sobre o desenvolvimento infantil sociointeracionista, abordando Piaget, Vygotsky e Wallon.
A capacidade de conhecer e aprender se constrói a partir das trocas estabelecidas entre o sujeito e o meio, portanto tal pressuposto salienta que a teoria sociointeracionista concebe o desenvolvimento infantil como um processo dinâmico, visto que as crianças não são passivas, meras receptoras das informações que estão a sua volta.
A articulação entre os diferentes níveis de desenvolvimento (motor, afetivo e cognitivo) não se dá de forma isolada, mas sim de forma integra e simultânea, ou seja, as crianças através do contato com seu próprio corpo, com o ambiente e da interação com outras crianças e adultos vão desenvolvendo sua capacidade afetiva, a sensibilidade, autoestima, o raciocínio e a linguagem.
O avanço das diversas áreas do conhecimento e a larga produção das ciências sociais resulta em importantes modificações na forma de pensar e agir em relação à criança.
Wallon médico francês desenvolveu vários estudos na área de neurologia, enfatizando a plasticidade do cérebro. Para ele o desenvolvimento da inteligência depende das experiências oferecidas pelo meio e pelo grau de apropriação que o sujeito faz delas.
O desenvolvimento se dá de forma descontínua e é reformulado a cada estágio.
Para Wallon os estágios subdividem-se em impulsivo/emocional (1º ano), no qual predominam reações da criança com o ambiente; sensório/motor (um ano a três anos), no qual ocorre exploração do mundo físico e as reações cognitivas com o meio prevalecem; personalismo (três a seis anos), estágio no qual ocorre a construção da consciência de si e categorial (seis anos), no qual a criança dirige seu interesse para o conhecimento e a conquista do mundo exterior.

Vygotsky estudioso russo na área da literatura, história, filosofia e psicologia, teve uma intensa produção em um período curto de vida.
Para ele, o funcionamento psicológico estrutura-se a partir das relações sociais estabelecidas entre o indivíduo e o mundo exterior, sendo que tais relações ocorrem dentro de um contexto histórico/social, simbólicos a realidade.
O desenvolvimento psicológico não pode ser visto como um processo abstrato, descontextualizado ou universal.
As relações dos indivíduos com o mundo não são diretas, mas mediadas pelos sistemas simbólicos.
A linguagem ocupa um papel central, possibilitando o intercâmbio entre os indivíduos, a abstração e generalização do pensamento e a simplificação e generalização da experiência.
Para Vygotsky há um processo gradual de internalização da linguagem que segue a tríade fala socializada – fala egocêntrica – fala interior.
Para ele a criança apresenta um processo de desenvolvimento real e outro proximal. O desenvolvimento real refere-se às etapas já alcançadas pelo indivíduo, ou seja, coisas que ela já consegue fazer sozinha. Já no desenvolvimento potencial as crianças desenvolvem a capacidade de desempenhar tarefas com ajuda dos outros, com possibilidade de alteração do desempenho da interferência.
Zona de desenvolvimento Proximal (ZPD) é a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. Sendo papel do professor intervir nas ZPD, dos alunos provocando avanços.
Na teoria Vigotskguiana a importância do faz de conta e da imitação são elementos fundamentais, visto que o faz de conta auxilia no desenvolvimento da capacidade de abstração e a imitação é tida como reconstrução individual do que é observado.


Jean Piaget, biólogo e epistemólogo suíço, construiu sua teoria ao longo de mais de 50 anos de história.
Sua preocupação central era descobrir como se estruturava o conhecimento.
Para ele, conhecer significa inserir o objeto de conhecimento em um determinado sistema de relações, partindo de uma ação executada sobre o referido objeto.
Piaget observa o desenvolvimento sob os seguintes estágios: sensório-motor (0 a 2 anos aproximadamente) – processo no qual as atividades físicas são dirigidas a objetos e situações externas; pré-operacional (por volta dos dois anos aos seis/sete anos) – nesta fase a criança vai construindo a capacidade de efetuar operações lógico-matemáticas; operacional concreto (dos sete aos 11 anos) – construção do pensamento abstrato e construção da ideia de reversibilidade; operacional abstrato (12 anos em diante) aprimoramento da capacidade de abstrair, criando teorias e concepções a respeito do mundo que o cerca.

No tópico Qual o papel do (a) profissional da escola infantil? aborda-se o aspecto de proporcionar as crianças experiências diversificadas e enriquecedoras, afim de que possam fortalecer sua auto estima e desenvolver suas capacidades.
No item Problematizando algumas práticas no cotidiano da escola, fala-se de aspectos que podem afetar negativamente o desenvolvimento infantil, dentre eles: a adaptação, relacionamento escola/família, sono, alimentação, uso de chupetas, choro e retirada das fraldas e controle dos esfíncteres. 
Com referência ao Capítulo 4 Saúde em Instituições de Educação Infantil, foi abordada que a educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade. Esse desenvolvimento depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a questão do afeto quanto dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, bem como da qualidade da alimentação, dos cuidados em relação à saúde, e de como esses cuidados são oferecidos.

A escola é o local onde os programas de educação e saúde pode ter maior e melhor repercussão porque podem abordar e influenciar o educando nas melhores fases de sua vida: infância e adolescência. O aproveitamento dessa relação entre educação e saúde permite o desenvolvimento de bons hábitos de higiene e saúde na medida em que, possibilita promover melhorias nas condições de saúde das crianças e, consequentemente, propicia um melhor aproveitamento escolar, através do desenvolvimento de ações preventivas, educativas e curativas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o conceito de saúde é entendido como:
(...) um estado de completo bem-estar. Isso significa estar bem nos aspectos físico, mental e social. Em outras palavras, saúde não é apenas a ausência de doenças e, sim, um bem que pertence ao indivíduo e à coletividade. É, também, relacionada com a qualidade de vida da sua comunidade e de sua família. A legislação brasileira deixa claro que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado (Constituição Federal, artigo 196), a ser garantida por meio de políticas sociais e econômicas. Indiretamente, portanto, a legislação está falando da higiene e da educação. (Higiene e segurança nas escolas – Brasília, 2008, p. 21).

Compreende-se a saúde como fenômeno complexo, construído na cultura, ou seja, nos modos como se vive a vida e organiza o cotidiano e interage com o meio físico e social, entretanto fica o questionamento: Por que trabalhar conceitos de saúde na Educação Infantil? Porque saúde dá a ideia de busca do equilíbrio biopsicossocial na criança, bem como a relação da mesma com seu ambiente?
Falar sobre saúde na Educação Infantil implica promover ações de higiene, prevenção de doenças e de acidentes e a realização de atividades que busquem o crescimento e o desenvolvimento da criança de forma integral.
Portanto, presume-se que a instituição de educação infantil é um espaço de interação, aprendizado, convívio, solidariedade, participação, no qual as crianças desenvolvem suas potencialidades e constroem conhecimento. As ações de saúde permeiam todas as atividades desenvolvidas na Educação Infantil. Enquanto se cuida, se age pedagogicamente e essas ações se entrelaçam. Considerando que muitas crianças permanecem grande parte do seu dia na escola, sendo preciso oferecer-lhes um ambiente saudável. É necessário que os educadores compreendam que saúde é expressão de vida. Para tanto, o compromisso com as diferentes necessidades infantis que emergem no cotidiano pedagógico, leva a refletir as diferentes formas de cuidar e assistir.
Mas para que tal ação ocorra é necessário o diálogo permanente entre os educadores e família permitindo assim, respeitar e valorizar a criança enquanto indivíduo único, além de possibilitar o reconhecimento de suas potencialidades, de suas condições de vida.
Capítulo 5 Sexualidade, Gênero e Novas Configurações Familiares: Algumas Implicações para a Educação Infantil, neste eixo foi discutido as diversas conjecturas nas configurações familiares e as implicações para a realidade da criança.

Diante do debate realizado é possível constatar que as alterações nos modelos familiares e nos papéis sociais femininos e masculinos são muitas. Muitas vezes se têm a sensação de que a própria diferença entre os sexos está cada vez mais tênue, tornando difícil separar suas funções. Pensando na liberdade sexual e na igualdade de direitos, homens e mulheres caminham para uma sociedade sem gêneros. Esta perspectiva amplia os horizontes da humanidade e ameniza preconceitos fortemente estabelecidos até os dias de hoje. Tantas alterações provocam receios em muitos teóricos da psicanálise, profissionais de educação e sociedade em geral.
Diante do contexto aqui explorado, tratar de Relações e Representações de Gênero na educação infantil é aspecto de suma relevância para a adequação da qualidade do atendimento destinado à criança pequena. Assim sendo, se faz necessário ressaltar que além da educação infantil ser a porta de entrada para as crianças encontrarem o espaço propício para viverem sua infância, também deve lhes possibilitar e protagonizar seus desejos e suas escolhas. Dessa forma, pode-se permitir que esses seres de tenra idade possam usufruir do direito a ser diferente e a livre expressão, sem as determinações e escolhas dos adultos e/ou convenções sociais.
Ser homem ou mulher é uma questão do século passado, atualmente vive-se com uma multiplicidade de gêneros e possibilidades de vivência do prazer sexual. As crianças que estão nascendo neste mundo atual convivem com esta realidade todos os dias, sendo importante transparecer-lhes a situação como comum e não um motivo de preconceito. O fato é que por mais que a ciência psicológica possibilite informações e parâmetros para avaliar a situação, é impossível prever plenamente quais influências estas mudanças sociais irão gerar. Portanto, pensamentos catastróficos de que uma sociedade sem diferenças de gênero levará a um maior número de pessoas com estruturação perversa ou psicótica; não podem ser simplesmente apoiados sem maiores questionamentos. Por outro lado, imaginar que estas alterações em nada vão afetar a humanidade é, da mesma forma, um raciocínio ingênuo.
 Portanto, a igualdade entre as pessoas como princípio ético deve ser defendida levando-se em ênfase a responsabilidade do sujeito e a liberdade de suas escolhas.
A educação infantil é parte integrante e importante do processo de construções, de concepções educacionais, posturas, condutas e formas de comportamentos diferenciadas pelo sexo. É nesse cenário onde as crianças encontram e constroem suas experiências de vida. Portanto, é na interação com outras pessoas que elas aprendem a compartilhar e a viver em um contexto educativo e coletivo, relacionando-se e comunicando-se com o mundo a sua volta. Desse modo, é na potencialidade desse convívio e de diversas formas de relações que se podem propiciar novas relações e interações a partir do ambiente escolarizado.
Ainda que de forma preliminar, é necessário apresentar e desvendar práticas pedagógicas recorrentes nos espaços de Educação Infantil. Discutir criticamente contextos, pontuar alguns problemas e impasses que a temática provoca, cabendo ao professor mediar conflitos e informações, no sentido de suscitar mudanças de posturas nos profissionais e na comunidade do segmento em questão.
Com referência a Organização do Espaço e do Tempo na Escola Infantil, Capítulo 6, o livro de Carmem e Gládis busca relatar a forma de organizar o trabalho, na Educação Infantil, devendo este possibilitar o envolvimento das crianças em sua construção. Com as crianças bem pequenas, por exemplo, é fundamental observar-se a linguagem, que se manifestam através dos gestos, olhares, choro, já nas maiores, é possível dialogar e compartilhar combinações. A ideia central é que as atividades planejadas diariamente devem contar com a participação das crianças garantindo às mesmas a construção das noções de tempo e de espaço, possibilitando-lhes a compreensão do modo como às situações sociais são organizadas e, sobretudo, permitindo ricas e variadas interações sociais.
A Educação Infantil, assim como a Educação de um modo geral, ainda faz parte de uma idealização utópica da sociedade. Seja pela falta de políticas pedagógicas efetivas, propostas pedagógicas firmes e comprometidas ou pela falta de conhecimento deste campo, pode-se afirmar que esta realização ainda soma um desafio social. Acompanha-se, portanto, uma realidade em que muitos projetos não são valorizados, em que há um desconhecimento do significado do exercício pedagógico e que não oferece condições para que as legislações se concretizem.
Neste contexto, sabe-se que a interação, a troca de experiências, o estímulo, a apropriação dos diversos conhecimentos na Educação Infantil, são fundamentais para garantir à criança o seu desenvolvimento e consequente formação integral como ser humano. Mas então como trabalhar neste sentido de desenvolvimento, trazendo significado para esta prática, se, como educadores, temos “em mãos” uma classe heterogênea, muitas vezes sem apoio familiar, tendo ainda em desvantagem estes desafios já caracterizados? E, ainda assim, como trabalhar atividades com a criança sem interferir, no papel de adulto, em suas atitudes e interações promovendo a autonomia e a criatividade?
Conforme Maria Barbosa e Maria Horn (2001) salientam é necessário que haja uma sequência de atividades diárias que sejam pensadas a partir da realidade da turma e da necessidade de cada aluno. Neste momento, é essencial que haja a sensibilidade do Educador para entender a criança como sujeito ativo, reconhecendo as suas singularidades, considerando não somente o contexto sociocultural deste aluno como também o da instituição.
O cotidiano de uma escola infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário da chega, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras - os jogos diversificados - como o faz de conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráfico e plástico - os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto e outras.
Para dispor tais atividades no tempo é fundamental organizá-las tendo presentes às necessidades biológicas das crianças como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene e à sua faixa etária; as necessidades psicológicas, que se referem às diferenças individuais como, por exemplo, o tempo e o ritmo que cada uma necessita para realizar as tarefas propostas; as necessidades sociais e históricas que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida.
Deste modo, entende-se a turma como um espaço heterogêneo, tendo em vista à faixa etária, o histórico, as necessidades biológicas, psicológicas, sociais e históricas de cada criança, devendo-se pensar em atividades diversas, as quais deverão envolver as crianças e assim estimular a partir do dia-a-dia o desenvolvimento de uma série de habilidades.
Esta organização do tempo que se repete diariamente, rotina, deve ser construída a partir deste conjunto de atividades que possibilitam, entre outras competências, a iniciativa, a segurança, a confiança etc. Para proporcionar estas atividades é necessário, sobretudo, fazer um planejamento pensando nos momentos mais adequados e no local em que serão realizadas.
Alguns pontos servirão de norte e apoio para esta organização, tais como: que tipo de atividades serão propostas, em que momentos, em que local, etc.
Sabendo que tudo no ambiente escolar exerce influências na educação da criança, sejam as cores, a arrumação da sala de aula, o refeitório, os banheiros, o espaço externo, é possível ressaltar que a organização dos espaços na Educação Infantil é essencial, pois desenvolve potencialidades e propõe novas habilidades cognitivas, motoras e afetivas. Deste modo, as aprendizagens que acontecem dentro dos espaços disponíveis e ou acessíveis à criança são fundamentais na construção da autonomia, tendo a criança como umas das construtoras de seu conhecimento.
 O espaço é muito importante para a criança pequena, pois muitas, das aprendizagens que ela realizará em seus primeiros anos de vida estão ligadas aos espaços disponíveis e/ou acessíveis a ela. (LIMA, 2001, p.16).
Buscando uma perspectiva de sucesso para a aprendizagem, é preciso que a organização deste espaço seja pensada como um ambiente acolhedor e prazeroso para a criança, ou seja, um lugar no qual as crianças possam brincar e criar suas brincadeiras sentindo-se estimuladas e autônomas. O espaço criado para a criança deverá estar organizado de acordo com a sua faixa etária, isto é, propondo desafios que a farão avançar no desenvolvimento de suas habilidades.
Neste sentido, afirma-se que a professora da Educação Infantil deve tomar consciência da importância de ofertar espaços ricos de informações na vida das crianças, passando a reconhecer a seriedade das trocas que ocorrem nos espaços oferecidos como um fator essencial na vida dos alunos.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil:

A proposta pedagógica das Instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança o acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e a interação com as outras crianças. (BRASIL, 2010, p. 18).


           Se partido deste pressuposto, entende-se que para que esses objetivos sejam alcançados é necessário que a organização das atividades no tempo e no espaço assegure para além do reconhecimento das especificidades etárias ou da utilização ampla dos espaços externos ou internos, o direito a ser criança, e ao reconhecimento da importância da sua participação ativa neste processo.

Assim, é preciso repensar sobre esse espaço e suas proposições, reconhecendo as instituições de Educação Infantil como um ambiente heterogêneo, plural, rico em aprendizagens, brincadeiras, fantasias e sonhos. Dessa forma, torna-se imprescindível que os espaços sejam planejados e pensados em prol do desenvolvimento de cada criança.

E por falar em leitura, capítulo 7 do livro Educação Infantil. Prá que te Quero? aborda a necessidade de estimular as crianças desde a tenra idade para a leitura.
Ao se trabalhar com literatura na Educação Infantil encontram-se possibilidades efetivas de associar aspectos cognitivos e emocionais, tornando as linguagens múltiplas a ela ligadas experiências que permitem às crianças desenvolverem sua inteligência, criatividade e sociabilidade. Assim, ela contempla de forma plena os objetivos que a Educação Infantil propõe.
Devido às constantes mudanças que vêm ocorrendo na educação e a grande preocupação que se acentua cada vez mais em formar o aluno integralmente, ou seja, um indivíduo preparado para a vida, autônomo, crítico e consciente do seu papel enquanto cidadão depara-se com a importância da leitura nos processos de aprendizagem do ser humano, levando em consideração o fato de que, lendo, se aprende a interpretar os diversos mundos que a literatura infantil apresenta. Sabendo interpretar, automaticamente acontece o ato de criticar. E nisso, encontra-se a oportunidade de através da Contação de Histórias formar leitores críticos, onde o botão mágico para despertar o gosto pela leitura estará inserida nesta prática.
O contato com os livros deve ocorrer desde cedo, não só pelo manuseio, mas pela história contada, pelas cantigas, pela conversa, pelos jogos rítmicos, incentivando a criança a gostar da leitura. A partir daí, emerge o interesse de ter como público alvo a Educação Infantil.
O contato com a literatura auxilia a criança na compreensão do real. O primeiro contato com as obras literárias não exige o domínio do código escrito, pois a criança pode interagir com a história e interpretá-la mesmo através das suas ilustrações. A história, dentro de seu mundo imaginário, trata de relações e situações reais, que a criança não pode entender sozinha. Nesse contexto, a Contação de Histórias oferece ao leitor, além do caráter estético, o caráter pedagógico, possibilitando a ele, o desdobramento de suas capacidades intelectuais, sem que para isso precise montar e desmontar palavras e decodificar símbolos. Esta aquisição de conhecimento pode dar-se através da audição, ou seja, enquanto ouve uma história, uma música, uma poesia, ou pela leitura, quando já está apto a fazê-la.
Seja qual for à frequência com que as atividades de contação de histórias acontecem, deve ter em mente a preocupação para que estes momentos sejam significativos para as crianças e não apenas um “passatempo” ou um “tapa-buraco” na rotina. Atingir este objetivo relaciona-se, sim, com a frequência, mas não apenas com ela. Como em outras situações (pedagógicas ou não), muitas vezes percebe-se que as professoras debatem-se quanto à dicotomia quantidade x qualidade, com prevalência da quantidade.
A importância da Literatura Infantil na vida das crianças como leitores iniciantes, emerge não apenas de maneira escrita – nos livros -, mas também de forma oral – através da contação de histórias.
Então, quando a criança é apresentada por meio das práticas de contação de histórias, ao mundo das palavras através da literatura infantil e da maneira expressiva de contar histórias, de forma lúdica e prazerosa, participando do texto, da história, sentindo emoções, transportando-se para o mundo imaginário, sem distanciar-se do real, esta com certeza encontra sentido para as palavras, passando a ver que a leitura é mais do que ler um amontoado de palavras, é magia, é prazer, fantasia e realidade. (FINK, 2001, p. 17).
Contar histórias representa sempre um momento de muita criatividade, e esta é compartilhada entre a professora e as crianças que participam. O uso de recursos variados permite que esta cumplicidade criativa se evidencie, já que o contato e o manuseio destes recursos traz para o mundo concreto aquilo que estava antes apenas no imaginário da história. Os fantoches (recurso indicado como favorito entre as professoras) trazem ainda a possibilidade de incorporação de características e ações, não só dos personagens da história, mas também das crianças. Ao compreender estas possibilidades, a professora vai ampliando a diversidade de recursos utilizados e enriquecendo suas atividades.
Portanto, pode-se concluir que não é qualquer história que estimula a criança a interessar-se pelos livros. O sucesso deste quesito está no valor da voz, nas pausas, no jogo de ritmo, na interação entre o contador de histórias e o ouvinte, na sensação que a história contada pode exercer sobre quem ouve, enfim, todos esses elementos poderão provocar na criança o interesse em ler.
Sendo que, o trabalho com a literatura infantil deve representar um desafio do qual todas as educadoras não devem se esquivar, mesmo que haja insegurança sobre como desenvolvê-lo.
Assim, se faz necessário refletir no sentido de cada vez mais compreender e utilizar esta importante dimensão que a literatura infantil traz para a Educação colaborando neste processo de desenvolvimento da criança. Entretanto, é fundamental que os educadores estejam em constante vinculo com a realidade que os cerca e aos referenciais teóricos que os auxiliam a interpretar e ressignificar tal realidade. A pesquisa é, assim, elemento necessário de um planejamento, pois promove a reflexão sobre a ação através destes referenciais.
No capítulo 8, Promovendo o Desenvolvimento do Faz de Conta na Educação Infantil, buscou-se trazer para o cotidiano da academia, que através do jogo do faz de conta, a criança expressa a capacidade de representação dramática, é capaz de imaginar, se torna capaz de dramaticamente expressar seus sentimentos e também desenvolve diferentes formas de expressão tais como: oralidade, expressão plástica e música, através disso se relaciona com o mundo.
Entretanto, o faz de conta jamais deve ser imposto pela necessidade física ou pela obrigação moral, e nunca ser constituído nas horas que não se tem nada planejado.
O faz de conta permite a criança sair da vida "real" para uma "esfera temporária de atividade", escolhendo a própria orientação, entretanto a criança deverá saber diferenciar o faz de conta da brincadeira, realizando com seriedade e com entusiasmo afinal como qualquer outro jogo, este é capaz, a qualquer momento, de absorver inteiramente o jogador.
A ideia de usar jogos como ferramenta de aprendizado continua muito controvertida e, ao mesmo tempo, muito desconhecida. Pesquisas estão dando legitimidade ao assunto, e apontam os jogos de aprendizagem como tendo um grande potencial para ajudar as crianças no seu desenvolvimento cognitivo.
Segundo Leal (2005), o jogo é um fenômeno "antropológico", considerando que cada jogo vai ganhar o seu significado dependendo do grupo sociocultural em que cada um aparece. Para ela, cada brinquedo só pode ser entendido dentro desse mesmo grupo, visto que estes se revestem de elementos culturais e tecnológicos desse mesmo contexto.
Quando Vygotsky discute o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de "faz de conta", como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira "faz de conta" é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento.
As crianças evoluem por intermédio de suas próprias brincadeiras e das invenções das brincadeiras feitas por outras crianças e adultos. Nesse processo, ampliam gradualmente sua capacidade de visualizar a riqueza do mundo externamente real, e, no plano simbólico  procuram entender o mundo dos adultos, pois ainda que com conteúdos diferentes, estas brincadeiras, possuem uma característica comum: a atividade do homem e suas relações sociais e de trabalho. Deste modo, elas desenvolvem a linguagem e a narrativa e nesse processo vão adquirindo uma melhor compreensão de si próprias e do outro, pela contraposição com coisas e pessoas que fazem parte de seu meio, e, que são, portanto,  culturalmente definidas também.
Para Vygotsky, ao reproduzir o comportamento social do adulto em seus jogos, a criança está combinando situações reais com elementos de sua ação fantasiosa. Esta fantasia surge da necessidade da criança, como já dissemos, em reproduzir o cotidiano da vida do adulto da qual ela ainda não pode participar ativamente. Porém, essa reprodução necessita de conhecimentos prévios da realidade exterior, deste modo, quanto mais rica for à experiência humana, maior será o material disponível para as imaginações que irão se materializar em seus jogos. A construção do real parte então do social (da interação com  outros), quando a criança imita o adulto e é orientada por ele, e paulatinamente é internalizada pela criança. Ela começa com uma situação imaginária, que é uma reprodução da situação real, sendo que a brincadeira é muito mais a lembrança de  alguma coisa que de fato aconteceu, do que uma situação imaginária totalmente nova. Conforme a brincadeira vai se desenvolvendo acontece uma aproximação com a realização consciente do seu propósito.
Vygotsky coloca que o comportamento das crianças em situações do dia a dia é, em relação aos seus fundamentos, o contrário daquele apresentado nas situações de brincadeira. A brincadeira cria zona de desenvolvimento proximal da criança que nela se comporta além do comportamento habitual para sua idade, o que vem criar uma estrutura básica para as mudanças da necessidade e da consciência, originando um novo tipo de atitude em relação ao real. Na brincadeira, aparece tanto a ação na esfera imaginativa numa situação de faz de conta, como a criação das intenções voluntárias e as formações dos planos da vida real, constituindo-se assim, no mais alto nível do desenvolvimento pré-escolar.
Portanto, é possível concluir-se que a atividade com jogo revela a importância deste instrumento como um recurso pedagógico de ensino e de aprendizagem, com possibilidade de aplicação em sala de aula, ficando evidente que o jogo desperta interesse, motivação e envolvimento do participante com a atividade, interações positivas nas relações interpessoais.
A aula chegava ao fim e para terminar a discussão foi exibido o Capítulo 10, Os Materiais Artísticos na Educação Infantil, neste tópico foram levantados à importância dos materiais artísticos no contexto infantil como meio de exploração, delimitação e expressão.
Através da arte pode-se penetrar no comportamento do sujeito e desenvolver a apreciação dos vários e complexos modos como ele cresce e se desenvolve. Assim para trabalhar com crianças a arte é necessária para compreender as várias fases da evolução e possuir um completo conhecimento do individuo, enquanto ser participante da sociedade, reconhecer o eu obscuro, no entanto é necessário que o professor interprete vislumbre, adequê materiais e atividades, delimitando espaços, instrumentos e formas de trabalho.
A partir de tais questões a criança passa a transmite sua experiência subjetiva do que é importante para ela no ato de desenhar, pintar, colar, representar unicamente demonstra o que se encontra de forma ativa em sua mente. Portanto, a arte e os materiais fornecem um excelente registro das coisas que se revestem de importância para à criança, durante o processo de desenvolvimento.
Assim, a arte e os materiais artísticos visam constituir um processo de produção de sentidos e de criação de significados é o currículo, que deve incluir os mais variados elementos da vida das crianças e de seu grupo ou experiências vividas por eles.
O currículo precisa envolver aspectos da experiência política, dos modos de viver e de relacionar-se, do folclore, da literatura, da arte, da música, da TV, da revistas e jornais etc., pois não há um único conhecimento, consequentemente não existe apenas um currículo.
Com isso, devem-se levar em conta as diferenças de classes sociais, bem como a diversidade de etnia, sexo e cultura, a educação infantil precisa estar voltada á educação para a cidadania.
Faz-se necessário ensinar as crianças para que sejam cooperativas autônomas e responsáveis, confiando nas suas formas próprias de agir e aprender.
O maior desafio é colocar a criança em contato com novas experiências, com novos conhecimentos, buscando desenvolver na criança a capacidade de ser criativo, de fazer coisas e de agir ativamente na sociedade.






























4 comentários:

  1. Oi adorei o seu resumo!
    Vc teria o resumo capítulo 9 ?
    Obrigado!!!

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  2. Oi adorei o seu resumo!
    Vc teria o resumo capítulo 9 ?
    Obrigado!!!

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  3. Faltou o capítulo 9, o texto está ótimo

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